Por Jonathan Witt em Evolution News and Views
Traduzido por : Douglas Aleodin
“Quando você não sabe o que é uma coisa, você tem que considerar tudo”, disse o físico Simeon Bird para a revista Nature recentemente.
Ele estava falando sobre a matéria escura, a coisa invisível que os físicos agora acreditam que compõe a maior parte da massa do Universo. Os físicos não foram capazes de detectar o material misterioso diretamente, mas eles estão convencidos de que esse material está lá fora, devido a indícios reveladores da forma, por exemplo, do comportamento das galáxias.
O desafio dos físicos é agora descobrir o que exatamente é a matéria escura. A questão levantada por Simeon Bird é que desde que explicações comuns falharam, os físicos precisam ser livres para considerar algumas ideias bastante selvagens numa perseguição pela busca da verdade. Algumas dessas ideias selvagens:
- Buracos Negros grandes
- Buracos Negros Bebês
- Partículas eletromagneticamente neutras, tão pequenas que normalmente viajam nos espaços vazios dos átomos, como um navio do espaço, através do nosso Sistema Solar quase vazio.
- Partículas ultra-pequenas aninhadas em dimensões que se curvam em torno de si.
Agora, quando eu vi o comentário de Simeon Bird sobre a matéria escura e como os físicos precisam se sentir livres “para considerar tudo”, meu primeiro pensamento foi: Ah, se mais biólogos tomassem essa abordagem na busca de como a informação genética surgiu na História da Vida! Em vez disso, eles se recusam a considerar o Design Inteligente.
Essa foi a minha primeira reação. Em seguida, ocorreu-me que a analogia nos mostra algo exatamente oposto.
A Causa Comum da Informação
Um aspecto crucial que precisa ser explicado é a origem da informação nova encontrada em genes e proteínas na História da Vida. Neo-darwinistas são aqueles que insistem em uma explicação extraordinária e altamente especulativa para a origem de tais informações, enquanto os defensores do Design Inteligente são aqueles que insistem na causa conhecida e demonstrada na origem de novas informações.
Eu não quero dizer que a inteligência que projetou o primeiro organismo ou a variedade de coisas que vivem em torno de nós seja uma inteligência comum. O que quero dizer é que os teóricos do DI estão propondo um tipo comum de causa, que podemos testemunhar para a geração de novas informações. Esse tipo de causa é o Design Inteligente, o trabalho intencional de um intelecto criativo. É este tipo de causa que constrói livros e bicicletas, carros, bolos, programas de computador, e um milhão de outros artefatos da mente.
Neo-darwinistas, ao contrário, apostam suas fichas em uma causa que nunca foi observada para gerar uma quantidade significativa de novas informações.
Cortina de Fumaça
Para defender essa aposta, eles frequentemente apontam para exemplos de microevolução, mas esses casos é apenas a natureza atuando em torno das margens de estruturas biológicas existentes. Não são casos de processos naturais que criam a nova informação necessária para gerar fundamentalmente novas formas biológicas.
Ou se o assunto é a a origem da vida, eles apontam para o famoso experimento de Miller-Urey como prova de que a natureza poderia ter gerado o primeiro organismo unicelular. Mas o experimento de Miller-Urey foi uma experiência meticulosamente desenhada. Além disso, verifica-se que o experimento efetivamente não imita as condições da Terra primitiva. E seus criadores só conseguiram criar alguns blocos de construção muito primitivos de vida, e não a própria vida. Assim, o experimento falha de três maneiras cruciais como um exemplo de processos cegos, materiais, gerando nova forma biológica e informações.
Estes exemplos cortina de fumaça mostram claramente que ninguém tem observado causas puramente materiais gerarem até mesmo uma pequena fração da informação necessária para criar o mais simples organismo unicelular. “A maioria dos químicos acreditam, como eu, que a vida surgiu espontaneamente a partir de misturas de moléculas na Terra pré-biótica”, diz o químico George Whitesides de Harvard. “Como? Eu não tenho idéia.”
E a falha em encontrar uma causa puramente material não é por falta de tentativa. Tem sido o Santo Graal do cientificismo, bem financiado por mais de 150 anos.
Ao mesmo tempo, há exatamente um tipo de causa que temos repetidamente observado no presente, gerando uma resma de novas informações : agentes inteligentes.
Causas Presentes Atuantes
Isso é importante porque o princípio de uniformidade em ciências históricas insta os investigadores a identificar um tipo de causa ativa no presente com a capacidade demonstrada para explicar um determinado aspecto do mundo natural. Assim, por exemplo, se um geólogo encontrou uma camada de cinza vários pés abaixo da superfície, digamos, em um grande trecho do Oregon, ele pode postular uma antiga erupção vulcânica como a fonte da camada de cinzas, uma vez que os vulcões nos demonstraram a capacidade de estabelecer camadas de cinzas sobre uma grande área.
Esta forma de raciocínio envolve o raciocínio para a melhor explicação. A mais limpa e mais forte das explicações ocorre quando depois de uma longa e cuidadosa investigação das provas, todas as causas concorrentes se revelarem inadequadas, enquanto um tipo de causa permanece de pé, tendo-se mostrado à altura do cargo.
Esta é a situação com a origem da informação na História da Vida. Várias explicações materialistas provaram ser absolutamente inadequadas, e o Design Inteligente é o tipo de causa ainda de pé, uma causa com a capacidade demonstrada para gerar novas informações.
Sim, qualquer mente responsável pela origem da vida biológica realizou proezas de intelecto muito além do que temos assistido dos projetistas humanos. Mas, certamente, isso não é argumento para concluir que a causa real para a origem da informação biológica é algo sem capacidade intelectual em tudo.
Permissão para um Leão
Um menino que não aprendeu nada do reino animal além dos cães, gatos, e ratos em sua aldeia; ao encontrar pegadas de animais muito maiores do que qualquer outro que ele já encontrou antes, estaria equivocado em insistir que essas grandes pegadas devem ser algo diferente de pegadas de animais. Não, a atitude razoável para o menino é permanecer aberto à evidência de um animal maior do que qualquer outro que ele já viu antes.
A natureza tem escrito nela a assinatura do design – as impressões digitais de um artífice maior do que qualquer inteligência humana. Qual é a resposta razoável?
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Comentário de Douglas Aleodin :
A Teoria de Darwin postula que as mutações aleatórias e a seleção natural podem aumentar a informação genética ao longo de gerações sucessivas.
Não há razão, científica, para que tal postulado não seja questionado. As gigantescas quantidades de informação específica e funcional encontradas no DNA, jamais foram reproduzidas por processos puramente materiais, estúpidos, cegos ou sem premeditação inteligente. Portanto, pela nossa experiência repetida e uniforme da causa que produz Informação Complexa Especificada, é notorialmente urgente a consideração do Design Inteligente . Se Simeon Bird, de fato está certo sobre seu pensamento acerca da Ciência -como penso que está- , temos por obrigação pela empreitada da busca da verdade, considerar a inteligência. A causa inteligente é o único tipo de causa, necessária e suficiente por detrás da Origem da Informação. Temos descoberto recentemente que os processos informativos usados pela célula são muito parecidos com os processos utilizados pelo software de um código de computador. Porém, na célula, tais processos são muito mais ricos, intrincados, funcionais, preditivos…enfim, muito além do que já fizemos. Se sabemos que todo código de computador tem em última instância uma fonte inteligente; por que não considerar tal conclusão amplamente corroborada pela nossa observação, para o mundo biológico e a origem da informação genética? Qual é, portanto, a resposta razoável ?
Eu já sei qual é. E você ?